Umas esparssas gotas de água começam a cair ao saírmos de casa nesta manhã. Aproveitamos o domingo-de-ir-à-igreja para fazermos uma visita muito especial, uma das mais difíceis da nossa vida, se calhar!? Depois de percorrermos quase vinte quilómetros em boa estrada desembocamos numa estrada saibrada cheia de lombas e buracos e aí começamos a dizer mal da nossa vida porque nos parece não ter esta fim. Enfim chegados entramos de imediato na "cour". Entra-se aqui por uma pequena porta depois de se terem ultrapassado os dois degraus que a separam do terraço exterior. Um odor longo a estrugido e a arroz acabado de cozinhar envolve-nos. Lá dentro, a toda a volta do rectângulo do pátio alinham-se portas e minúsculas janelas viradas para o centro deste. Atravessamos uma e deparamos, a um canto da sala, com uma mulher sentada a custo sobre a enxerga, num estado lastimoso. Somos traspassados por um silêncio de chumbo e compreendemos então o que sentiram os amigos de Jó quando o visitaram na sua doença. Não sei se esta senhora completará a semana...e vêm-me à memória antigas recordações...quantas vezes subi ao oitavo andar onde ela morava na altura com o seu marido e filhas... e como nos recebia com um sorriso aberto...e depois, a doença do marido também ela estranha, semelhante à dela...e das oportunidades que tive de lhes falar do Evangelho enquanto este meu amigo preparava o chá que bebiamos juntos.
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retidos