Ao fim da tarde de ontem sentei-me para ler. Um sol de Junho descia serra abaixo em direcção ao mar lá longe. A serra é onde o meu olhar se perde, cheia de majestade e personalidade. É daqui, do sítio do meu refúgio de leitura e de leve meditação que a vejo em todo o seu esplendor. De súbito ouvem-se chocalhos e campainhas e o prado diante de mim enche-se de ovelhas numa melodia "celestial". E depois medito na Bíblia e na ovelha perdida e lembro-me da profecia proferida por Isaías e na ovelha desgarrada...e quando penso na unidade natural do rebanho e na dificuldade de a ovelha se tresmalhar...lembro tempos antigos em que o rebanho me seguia e compreendia a minha voz e na dificuldade que tive ao separar-me dele...
Deus escolheu-nos para sermos um rebanho e determinou que tivéssemos pastores para nos dirigirmos bem e nos alimentarmos bem da Palavra que é a Sua! "Au fil des temps" o mundo encheu-se de pastores e subsequentemente de religiões que mais não fizeram que tresmalhar o rebanho. O que se vê hoje em dia são, em geral, seguidores de religiões - ovelhas errantes que tendo pastor estão sem pastor - e não seguidores de Cristo. Cultivou-se a ideia de um evangelho obrigacional que para além de impor regras impõe sobretudo grandes contribuições. Desvirtuou-se assim o Evangelho que é de Cristo para se criar um novo evangelho se possível sem Cristo mas com muita religião. O religioso é mais fácil de manipular do que aquele que deposita a sua fé no Evangelho de Cristo e sabe porquê! Ora aquele que deposita a sua fé exclusivamente no facto de Jesus ter morrido em seu lugar é esse que está pronto a vencer o mundo e sabe fazer a diferença entre fé e religião!
retidos