Gostaria de viver à "tripa-forra" como qualquer pessoa no mundo, mas não vivo, e nem isso me dá pena. Li num livro muito interessante que "uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do Senhor dos Exércitos". Foi por esta regra que quis pautar a minha vida sem sempre o conseguir...realizado? de modo nenhum. Enquanto existirem crentes chiques sentados nas igrejas e homens miseráveis sem haver ninguém que lhes fale do evangelho não estarei, repito, de modo nenhum, realizado!
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Na Turquia esmagadoramente muçulmana, Barack Hussein Obama, como ele foi apresentado (agora que a eleição terminou, não há problema em usar seu nome do meio), declarou o conceito de que “os EUA como nação cristã” é um mito.
Obama disse: “Embora, conforme mencionei, tenhamos uma população cristã muito grande (sim, por volta de 75 a 80%), não nos consideramos uma nação cristã ou uma nação judaica ou uma nação muçulmana”.
Será? Mas o Pacto do Mayflower não proclamou a intenção dos Peregrinos [os fundadores evangélicos dos EUA] de estabelecer uma colônia para “o avanço da fé muçulmana”? E quanto ao lema “Em Alá Confiamos” em nossas moedas e notas de dólar, sem mencionar o que veio a ser chamado de hino nacional americano, “Alá Abençoe a América”?
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”Big Banane” é um artista. Fomos encontra-lo, ocasionalmente, no seu salão de cabeleireiro. O salão é um espaço de cerca de quatro metros quadrados onde cabe um grande espelho e uma colecção de matriculas de automóveis, penduradas ao acaso, à mistura com enormes cartazes de velhas glórias do futebol e da música. A sua verdadeira profissão é a de artista cantor, diz-nos ele, se bem que eu fique com a impressão de estar diante dum simples artista cabeleireiro. Diz-nos que as suas composições passam em tudo que é sitio Internet e até na televisão. Deve rondar os 30 anos, bem constituído, de cabelo enorme que ele vai puxando para o alto na altura de tirar a fotografia. Bom falador, fala de fé e de crença e faz a distinção entre as duas coisas misturando-as com a filosofia da vida e a de ouvir falar. Desenrasca-se bem com o francês ele que é da Nigéria. Enquanto vai falando e acompanhando os dizeres com as mãos, vai ajeitando a mala em coiro que traz a tira-colo. A certa altura mostra-nos o cartão de artista. Chama-se Frank qualquer coisa e diz-se cristão. Apresenta-nos uma velha Bíblia impecavelmente nova. A seu pedido marcamos-lhe alguns versículos da mesma para que ele possa ler entre os cortes de cabelo, aqueles em que a Palavra nos apresenta Deus salvando-nos gratuitamente, sem nenhum sacrifício da nossa parte. Oramos com ele e por ele e ele vem despedir-se de nós à porta, de sorriso feliz!
Depois de alguns dias de chuva intensa acalmou-se o céu e o calor imenso tornou ao seu lugar. As ruas parecem-me agora mais lavadas e simpáticas e até as pessoas aparentam um ar mais feliz. Saímos para evangelizar como habitualmente e foi-me mister apanhar um transporte público. Depois de muito esperar alguém tomou o meu lugar no « woroworo » amarelo. Não me apeteceu reclamar mas o meu companheiro não hesitou em fazê-lo. Pedi-lhe por favor para se acalmar pois decidi desde algum tempo não tecer juízos de valor. Ele olhou-me espantado tentando compreender a minha “loucura”. Não sei se estou a ficar mais maduro ou mais paciente mas sei que estou a ficar mais velho. Deve ser isso, a idade a fazer das suas!
retidos